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O país está preparado para navegar a IA?

Por: Amândio da Fonseca, Presidente do Grupo Egor

Egor: Jul 31, 2025

Embora os progressos feitos nos últimos anos tenham sido notáveis, impõe-se, em primeiro lugar, que o Governo dê o exemplo e continue a investir nas ferramentas digitais em todos os sectores da governação pública, nomeadamente na recém-anunciada reforma do Estado, e não descure o apoio ao sector privado, quer através da definição de políticas e estratégias orientadas para um mundo global, onde elas competem e de que as grandes e médias empresas necessitam, quer através de programas de apoio e incentivos para as empresas cujos recursos são limitados.

Num passado relativamente recente, a inteligência artificial (IA) ainda era apresentada ao mundo em livros, filmes, séries de televisão, literatura dos recursos humanos, etc., não só como uma revolução que provocaria o desemprego de milhões de trabalhadores, no mundo do trabalho e em todos os sectores de atividade, mas também, como uma força que pretendia governar o mundo.

Impõe-se, em primeiro lugar, que o Governo dê o exemplo e continue a investir nas ferramentas digitais

Gradualmente, a IA tornou-se uma buzzword no mundo dos negócios que, ao agilizar processos e sistemas de gestão, está a provocar uma profunda transformação não só de modelos de gestão, mas também de aquisição de competências que implicam níveis de gestão do talento não só mais eficazes, mas também mais humanos.

A tradicional rapidez com que os portugueses se adaptaram às inúmeras transformações tecnológicas, das últimas décadas, constitui um talento que avaliza a esperança de que a Inteligência artificial se torne, no futuro, uma marca identitária do nosso talento como early adopters dos resultados da sua participação internacional em novos sectores, com o objetivo de aumentar a eficiência e eficácia de produtos e serviços.

A apresentação, pelo Governo, da Agenda Nacional de Inteligência Artificial leva a crer que o Projeto de Reforma do Estado, recentemente anunciado pelo Executivo, permite acreditar que, desta vez, para além de uma decisão política, Portugal dispõe das ferramentas que permitirão, finalmente, aos portugueses encerrar um ciclo de meio século de hesitações e fracassos.

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